20.1.10


Escrevo para não deixar voar o pensamento.

Para não o deixar fugir de mim.

Para não me perder dele.

Para que não se perca de si mesmo.

Para que fique. Sempre. Para sempre.

Porque todo o pensamento é volátil.

Até mesmo o sentimento que o faz nascer, o é.

Só as palavras são capazes de lhes dar matéria e forma eternas.

O poema, esse sim, deixo-o voar com os pássaros

4 comentários:

Anônimo disse...

Quem me derá saber escrever poesia!
Bjs.

Cristina Lima disse...

Fascinante!

Os poetas são assim, seus pensamentos querem sair, em qualquer momento, é preciso transformá-los em palavras e compartilar essa ideia toda azul...

Andréa, gostaria que lesse a história "Uma ideia toda azul", de Marina Colassanti, tenho certeza que você vai se identificar e vai ficar inspirada para compartilhar as suas poesias.

Bjs
Chris

Unknown disse...

Andrea minha querida,
esse teu mundo que dizes ser nada mais, ao contrario do que pensas, é o mundo tudo mais, nos sentimentos que sentes e nunca que inventas, tuas horas mais ricas, contrarias as pobrezas de um mundo em que nada se pensa...
Traçados lógicos, as vezes ilógicos que sejam, são retas circulares, como pode? ah tudo pode, na obrigatoriedade de si mesma, quando as letras diz tudo de forma diferente, exatamente como os olhos que lêem desejam ouvir... como o que aqui minhas letras acabam de dizer, de um jeito exclusivo pra mim, d'outro jeito pra você...
Adoro você.
Lindo, lindo teu post.
Bjsss meus
saudades!!!

Giane disse...

Andréa...

Dizem que há três coisas que não voltam.

A pedra quando atirada.
A palavra quando dita.
A oportunidade quando perdida.

Que bom que isso não se aplica na Palavra Escrita.
Nela sempre podemos voltar, ler, reler textos tão belos e inspirados como os seus.


Beijos mil!!!