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12.6.09

Carlos Drummond de Andrade




Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Ps:como não me apaixonar
não me render, não me entregar,
não me completar com
tudo que é você;
que me rouba o pensamento,
que me deu meu melhor momento,
que tem me ensinado o que
eu não sei do verbo amar

Para o meu amor, companheiro,

amigo, amante e ETERNO NAMORADO...

RAFAEL.

EU SEMPRE VOU AMAR VOCÊ.

OBRIGADA POR VOCÊ EXISTIR!


21.4.08


"Fácil é ser colega,

fazer companhia a alguém,

Dizer o que ele deseja ouvir.

Difícil é ser amigo para todas as horas

e dizer sempre a verdade quando for preciso.

E com confiança no que diz."  



(Carlos Drummond de Andrade)