1.2.10





Fechou o pesado livro das folhas escritas.

Sabia que um dia iria lembrá-lo, relê-lo, acarinhá-lo.

Mas não hoje. Era uma parte de si mesma que não desejava esquecer,

apenas adormecer, para que a dor se tornasse mais leve.

Aquele papel deixara de ter as marcas daquilo que queria ser.

Não conseguia dar continuidade às frases inacabadas.As palavras que lia já não faziam sentido para si. Queria escrever em folhas brancas. Limpas.

Talvez usar uma nova tinta. Uma nova luz.

Ou mesmo novas palavras... palavras inventadas naquele momento...

pedaços arrancados dos sentimentos que brotavam em si sem serem plantados.

Não sabia o que sentia, nem como escrevê-lo.Mas de uma coisa estava certa...

o texto nunca mais seria o mesmo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Recomeçar!
Sempre muito bom!
Bjs

Zé Carlos disse...

Oi Andréa querida, lindos sempre seus poemas e vc nesta foto do perfil está muito linda.... Parabéns.

Beijão do ZC

Unknown disse...

Andréa,
são os desejos de renovações,
transparecendo um tramplim para que tudo possa mudar...
As novas páginas da vida,
por cada capítulo é possível recomeçar...

Lindo texto minha irmana
adorei!!

Puxa vida que prazer, saber que Renatinha é tua irmana.
mundo pequeno esse nosso, laços que se estreitam esticando essa corrente entre irmãos...