27.11.08

DESENCANTO.

Eu faço versos como quem chora
de desalento..... de desencanto...
Fecha meu livro, se pôr agora
não tens motivo nenhum de pranto.
meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... Remorço vão..
dói-me nas veias. Amargo e quente,
cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos, de angústia rouca
assim dos lábios a vida corre,
deixando um acre sabor na boca
-eu faço versos como quem morre.

-MANUEL BANDEIRA-

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